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Diário de Bordo - Overland Truck
Enviado por roberta goldfarb em 21/10/2010 às 08:29 PM

24/09 - 20h45 – Victoria Falls / Zimbabwe


Chegamos na cidade base para pegar o “Overland Truck”, viagem de caminhão que faremos por 21 dias pela África.

Muito diferente do que imaginamos, Victoria Falls, apesar de ser base para viagens de aventura, não tem uma loja legal sequer de equipamentos para este tipo de viagem. Nos supermercados e farmácias, dificilmente se acha o que se precisa. Pingamos de um em um até reunir tudo que queríamos comprar. Fomos ao único banco onde é possível que estrangeiros retirem dinheiro.

25/9  - 22h05 – Victoria Falls / Zimbabwe


Hoje fizemos rafting no Rio Zambezi, considerado o melhor do mundo para o esporte. O rafting foi realmente sensacional, com 21 quedas e muita adrenalina.

O que realmente gostei no rafting foi notar que é um turismo totalmente benéfico ao meio ambiente. Não polui, não tira as coisas do seu lugar natural, e ao mesmo tempo há a possibilidade de usufruir da natureza.

No fim do dia fomos à reunião pré-viagem, dia de conhecer as pessoas com quem vamos conviver nos próximos 21 dias. Não só conviver, mas viver praticamente um “Big Brother”.  Acordar e dormir juntos, almoçar e jantar, viver em comunidade. Uma bela experiência. A reunião foi rápida deixando tempo para acabarmos de organizar a mala sabendo um pouco melhor o que levar, o que deixar. Cada mala deve ter no máximo 16 kg , isso não sai da nossa cabeça.

Por fim conseguimos, hora de fechar a mala.

26/9  - 21h30 – Victoria Falls / Zimbabwe


Acordei, mal consigo mexer as pernas, o rafting (ou foi a subida de 45 minutos depois?) me destruiu. Tenho uma bolha na mão.

O dia começou e fomos encontrar com o grupo no hotel onde passaremos esta noite. Chegando lá aprendemos a montar a barraca e já conhecemos algumas pessoas. À tarde fomos ver a Victoria Falls. Deslumbrante, com um arco íris colorindo a branca cortina de água que cai de 110 metros de altura.

Primeira noite de camping. Acho que enchi o mat mais do que devia, está duro demais para deitar de lado e além de tudo as pernas doem. Ver o céu de dentro da barraca é mágico!


27/9 - 21h40 – Kasane / Botswana


De manhã mais uma passadinha no supermercado para as últimas compras. Almoço e apresentação do caminhão. Curioso contar um pouco os detalhes.

Um caminhão/furgão onde embaixo de cada assento há um cofre para guardarmos as coisas de valor. Cada um tem o seu. Na parte da frente do caminhão um interfone para falarmos com o guia, cabo para ligarmos ipod e 4 entradas de tomada para carregarmos baterias, laptops, celulares. Na parte de baixo do caminhão portas que guardam de um lado as malas, duas mesas e as barracas, do outro lado todos os utensílios de cozinha e as cadeiras. Mais abaixo há uma torneira de onde sai a água do reservatório do caminhão.

Estrada em direção a Botswana. Algumas pessoas queriam tirar dinheiro no caixa eletrônico, o dinheiro do caixa da cidade acabou! Faz 3 dias que ninguém consegue sacar dinheiro. Surreal! Na fronteira tudo rápido e simples. Na estrada elefantes e macacos. Nas ruas de Kasane javalis.

Chegamos no camping, já sabemos montar a barraca, mas com certa lerdeza. Os experientes acabaram rápido e vieram nos ajudar. Nesta viagem as 16 pessoas são divididas em grupos de 4 para executar as tarefas. Hoje um dos grupos fez o jantar. Amanhã somos nós.

Banho de manhã e banho à noite, acho que vamos entrar para o Livro dos Recordes! Quem acampa, se muito, toma um banho por dia.

Enchi menos o mat, será que de tão vazio vou encostar no chão?

28/9 - 20h41 – Kasane /Botswana


05:45 AM todos prontos para o “game drive” no Chobe Park, um parque onde vivem 7.000 elefantes. De volta ao camping era a nossa vez de cozinhar, fomos incumbidos pelo Mufaro (nosso guia) a fazer um brunch.

No fim do dia fizemos um passeio de barco no Chobe Park até o sol se por, maravilhoso.

O camping é muito bom, banho quente e gostoso, o problema de ficar em um camping destes de primeira é o que vamos esperar dos outros....

Dois dias de viagem, um arranhão no dedo, uma bolha na mão (do rafting), duas bolhas no pé, um machucado no calcanhar. Aonde vou parar??? Chega! É muito menininho!

29/9 - 21h20 – Maun / Botswana


Às 5:00 AM todos no carro para uma viagem de 10 horas rumo a Okavango Delta.

Chegando em Maun fomos direto para o centro para cada um fazer o que precisa: farmácia, internet, trocar dinheiro e supermercado todos juntos para comprar o que precisaremos nos próximos dois dias de Okavango Delta.

O camping é bom, mas comparado ao anterior....

Hoje somos responsáveis pela segurança. Cadê a chave para trancar o caminhão? ... resolvido, trancado, cama... ou melhor, sleeping.

30/9 - 21h00 – Okavango Delta / Botswana


Um caminhão até a beira de um lago. Muitos mokoros (canoas que são remadas por pessoas que vão de pé remando o barco com poles, longos troncos finos que fincados no chão dão velocidade e direção).

Na canoa eu, o Guto, nossa pequena bagagem e a pessoa que rema. 1h30 do caminho mais bonito que já vi na minha vida. Um caminho de plantas altas que formam caminhos para o barco passar e “vitórias régia” por todos os lados. De tempos em tempos o caminho se abre e um jardim destas flores se forma. Em certo momento uma ilha de árvores que saem de dentro do lago com muitos, muitos mesmo, pássaros brancos e pretos em todos os galhos. O som vindo de lá é uma verdadeira orquestra sinfônica da natureza.

Chegamos em Okavango Delta, no meio do nada um lugar para armarmos nossas barracas. No meio do nada, realmente. Sem banheiro, sem banho. O banheiro foi feito a alguns metros de onde é nossa “sede”. Um buraco no chão,  atrás de uma árvore. O código para saber se há alguém no banheiro é a pá que devemos levar  para cobrir “o feito”, se não estiver na entrada, tem gente!

A tarde um mergulho no lago, um paraíso. A água limpa e gelada! Pra quem vai ficar sem banho então, ela parece melhor ainda.

Caminhada no fim do dia pelo parque. Imenso, com 18 mil km2. O sol aos poucos se pôs atrás das árvores.

Nestas viagens que acordamos quando o sol está para nascer e dormimos um tempo depois de escurecer, nos damos conta do real significado do dia clarear e escurecer. Estar tão longe da natureza dia a dia nos faz esquecer sua sabedoria.

1/10 - 21h05 – Okavango Delta / Botswana


6:00 AM hora de caminhar mais pelo parque. Três horas depois estávamos de volta. Brunch.

Dia livre, naquele lindo meio do nada.... um longo mergulho no lago regado a muita risada de gente boa que está dividindo este sonho. Tentativa de conduzir um mokoro, difícil!! Essa gente que faz isso todos os dias, é incrível! Outro mergulho no lago, agora sozinha no silêncio, pra refrescar e curtir esse presente.

Um passeio de mokoro no fim do dia. Uma visita a ilha de árvores e pássaros, um por do sol lindo, lindo...

À noite uma apresentação de música e dança local. As vozes se misturaram na fogueira dessa noite mágica. Tudo que é da África me emociona bastante. Não sei se é porque a nossa cultura tem muitas coisas parecidas, se inconscientemente me identifico, mas é tudo muito forte e muito intenso.

2/10 - 21h00 – Okavango Delta / Botswana


Mais uma caminhada rápida e malas prontas para ir embora. De volta ao caminho maravilhoso. De volta ao caminhão. De volta ao camping. Almoço e tempo para lavarmos roupa, banho, etc... Fomos para a cidade, o grupo todo foi fazer um vôo pelo Delta. Decidimos não fazer, a prioridade é o vôo de balão na Namíbia, mas não sabemos se teremos tempo, não está no roteiro como este vôo.

Internet e supermercado. Finalmente achamos uma lanterna de cabeça para comprar! A melhor coisa que alguém que acampa deve ter, nossas noites com certeza vão ser mais fáceis de hoje em diante...


3/10 - 21h20 – Rundu / Namíbia

12 horas de viagem... chegamos cansados, montamos a barraca, jantamos, direto pra tenda!

Todos os campings são incrivelmente bem estruturados. Na maioria das vezes o banheiro é bom e tem um bar onde compramos bebida gelada, principalmente cerveja!

4/10 - 22h30 – Etosha / Namíbia


12 horas de viagem de novo. Chegamos cansados de novo. Mas com uma linda surpresa. Dizem ter um lago onde é possível ver bichos irem à noite beber água. Vamos conferir depois do jantar. Pegamos um caminho que sai do camping e leva uns 10 minutos até chegar lá. Bem perto da chegada atravessamos uma pequena ponte, a partir deste momento todos estão em silêncio. Andamos uns 10 passos, o espaço se abre e a direita há um lago, iluminado por uma luz amarela. Um rinoceronte está parado, estático, na beira do lago. Dali a pouco se mexe, bebe água, fica parado. Nos dá todas as possibilidades de registrar aquele momento que parece um conto de fadas. Ele vai embora. O lago fica vazio por um bom tempo. Chega outro rinoceronte e seu filhotinho. Passeiam, bebem água... está tarde, hora de dormir. Amanhã às 5:00 AM voltaremos.

5/10 - 23h20 –  Etosha / Namíbia


5:00 AM tudo pronto, barraca desmontada, mala no caminhão. Corremos para o lago. Não há ninguém lá. Não tem problema, no lugar onde vamos dormir à noite dizem ter um lago mais bonito ainda.

Pegamos a estrada, Game drive (safári), depois direto para o camping. Tarde livre, tem piscina e vamos nadar. Antes de sairmos no fim do dia para outro game drive, vamos conferir o tal do lago. Há apenas 200 m do camping há um lugar bonito, com uma placa “silent”. Bancos rodeiam uma enorme área onde está um grande lago, e neste momento muitos elefantes se refrescam na água. Enormes e pequenininhos... filhotes que ainda estão tentando dominar suas trombas que só adquirem coordenação depois de alguns meses de vida.

Temos que ir embora, fizemos um safári de 2 horas e voltamos ao camping na exata hora do por do sol. O tempo é curto e saímos correndo para ver o sol se por no lago. Ao chegar lá 10 girafas estão em cena. Parece um cenário, não dá pra acreditar no que vimos. Me sinto uma criança olhando aquilo tudo. Como pode existir um lago, onde se pode ver animais selvagens tão de perto, mas sem interferir em suas vidas, chegando, partindo, bebendo água, vivendo? Parece um sonho. O sol se põe majestosamente atrás das muitas girafas que tomam água com suas longas pernas dianteiras abertas, e que com um impulso e rapidez voltam à sua posição inicial. Assim o fazem porque o momento de beber água é o mais vulnerável, em que seus predadores, os leões, podem chegar por trás.

Hora do jantar. No meio dele uma pessoa grupo vem correndo avisar que tem leões no lago. Todos largam seus pratos, pegam suas câmeras e saem voando! Há um leão bebendo água. Ele chega, todos recuam. É realmente o rei da selva. Nesta cena girafas estão como coadjuvantes, afastadas do lago, esperando as coordenadas do leão. Chega outro leão. Ali ficam um tempo. Vão embora e nós também, o jantar está esfriando. Não preciso dizer que depois do jantar fizemos mais uma sessão de lago... rinocerontes, elefantes, chacal... Vamos dormir, da tenda escutamos rugidos de leão. Parece filme.

6/10 - 21h20 – Cheetah Farm / Namíbia


Saímos cedo pra variar, seguimos viagem de 3 horas. Paramos em Otjo, internet e supermercado, compra para jantares e almoços. Nosso guia, Mufaro, se anima e diz que vai cozinhar hoje. Nosso grupo, que hoje é o “cooking team”, será apenas ajudante, temos um “chef de cousine”.

Chegamos no camping, que fica na “Cheetah Farm”. Almoço e tarde livre. Sentamos com novos e bons amigos para uma tarde de vinho, conversas e risadas. Hora de ir ver as chitas. Desde o primeiro safári me apaixonei por elas. Felinos enormes, lindos, pintados, que miam como pequenos gatos. São lindos. Fomos à um lugar onde as chitas são domesticadas. Vivem na casa dos donos da fazenda. Lá vivem 3 delas, em perfeita harmonia com um cachorrinho. Chegam perto do dono como lindos gatos pedindo carinho e comida. Nós ficamos só obedecendo o comando de como nos comportar com elas. Fotos, tentativas de aproximação, mas nada, lembramos que são selvagens. sentamos para vê-las comendo enormes pedaços de carne. Já no final uma chita se aproxima, eu faço carinho, ela senta e começa uma sessão de lambidas que dura uns 10 minutos tirando todo meu protetor solar. Eu estava em êxtase, adorando o momento e de certa forma matando a saudade dos meus cachorros, que só quem tem entende porque. Um daqueles momentos da viagem que os olhos enchem de lágrima. É uma emoção diferente de todas que já senti.

De lá fomos à “Cheetah Farm”, ver as chitas serem alimentadas.

De volta ao camping, hora de preparar o jantar. O frio aperta, mas não estou reclamando, precisamos de frio! Estes 8 meses de verão estão insuportáveis.

7/10 - 23h00 – Swakopmund / Namíbia


Depois de 11 dias de camping, é hora de ter uma cama. A estrada para Swakopmund levou 8 horas. No meio dela paramos para um lindo almoço em uma praia. Olhamos para o mar e nos damos conta que nunca estivemos tão perto do Brasil desde que saímos para a viagem. Nesta viagem tudo parece mágico, olhar o mar na direção do Brasil e imaginar que quase posso ver minha família e, claro, meus lindos cachorros, é a magia da vida. Pausa para uma foto do grupo antes de entrar no caminhão e seguir viagem.

Outra parada para a praia de maior concentração de leões marinhos do mundo. Eram milhares, todos juntos, uns amamentando, outros dormindo. Muitos nadando e outros sentados em pedras só recebendo a água que vem das ondas. Lindo demais...

Chegamos à Swakopmund, uma cidade colonizada até pouco tempo por alemães. Isso aqui não parece África mesmo!! Casas coloridas, uma cidade quieta, limpa, com cafés e lojas. Pode-se escutar muitos aqui falando alemão ainda.

Temos dois dias livres aqui, a maioria do grupo vai fazer muitas das atividades que a cidade oferece (skydive, sandbord, passeio de barco, passeio de tricicolo no deserto). Nós só queremos descansar. Já fizemos muito de tudo e dois dias livres para nós é um presente. É nosso final de semana.

Vamos dormir em um “dorm”, cinco pessoas. Estamos esperando a resposta de um possível upgrade para um quarto só para nós dois. O fato de ter uma cama já é maravilhoso!

8/10 - 23h30 – Swakopmund / Namíbia


Acordamos cedo com todos que iam para suas atividades. Tomamos nosso café com calma e saímos para explorar a cidade. Acho que entramos em todas as lojas que tem aqui, vimos todos os cafés, o mercado, andamos por todas as ruas.

Almoçamos em um café, andamos um pouco mais e voltamos para o hotel. Conseguimos o upgrade. Um quarto só para nós dois com banheiro dentro!! Depois de camping e “dorm”, esse é O upgrade!

Decidimos que vamos fazer apenas uma atividade: massagem!! Hahaha... Marcamos para amanhã. Sentamos com nossos laptops em um cyber café. Com calma organizamos a vida.

Voltamos ao hotel para encontrar com amigos e fomos jantar em um restaurante chinês. Na volta fomos ao Pub do hotel com todos. Risadas, bebidas, novos amigos... uma noite divertida.

9/10 - 00h45 – Swakopmund / Namíbia


Acordamos com calma e na parte da manhã fiquei fazendo backup de fotos. Organizando minha vida com tempo.

Saímos para almoçar e então fomos para a nossa atividade. Quem diria que uma das melhores massagens que fiz na vida foi em uma cidadezinha na África chamada Swakopmund! Voltamos ao hotel renovados.

Saímos para jantar de novo com os mesmos queridos amigos. Agora em um restaurante de frutos do mar. Os mariscos fizeram minha noite... De volta ao hotel fomos ao Pub, ficamos no papo em volta da verde mesa de sinuca, enquanto alguns se divertiam jogando. Tentamos nos animar na pista, mas a música estava realmente ruim. Cama, eu disse c a m a.

10/10 - 22h30 – Sesrium Canyon / Namíbia


Saímos às 8:00 AM (que para nós é tarde) e pegamos a estrada, que passa pelo Trópico de Capricórnio, para o próximo destino. Chegamos na hora do almoço, almoçamos e fomos ao Sesrium Canyon. Bem bonito, descemos, andamos um pouco e voltamos ao camping. É nosso dia de cozinhar, mais uma vez o guia é nosso Chef de Cousine. Depois de lavar e guardar tudo estamos acabados e vamos dormir.

Este camping é todo de areia, não preciso explicar como fica a nossa tenda de 5 em 5 minutos, dá pra imaginar. Amanhã saímos daqui, ainda bem.

11/10 - 21h30 – Sesrium Canyon / Namíbia


Às 4:30 AM todos de pé, hora de ver o nascer do sol do alto da Duna 45, no deserto mais antigo do mundo, de areias vermelhas, o deserto da Namíbia.

A subida não foi nada fácil, na areia você anda, mas não sai do lugar. Chegamos ao topo, a vista é linda, dunas e mais dunas e o sol vai nascendo de trás de uma delas. A descida é uma delícia. Na lateral da duna uns descem rolando e se divertindo, outros correndo em passos largos... o meu tênis agora comporta uma certa parte da areia do deserto.

Café da manhã. Caminhada pelo deserto. Isso aqui é lindo! São 55km de dunas até a costa. Claro que andamos só por uma pequena parte. Onde um guia sensacional nos explicou a vida no deserto, desde o modo como as pessoas falam, até como pequenos animais vivem embaixo das areias, com buscas certeiras naquele imenso deserto e fazendo demonstrações com os bichinhos nas mãos. Estando em um deserto é possível entender um pouco o que é a tal miragem que se tem alí. Muita areia, algumas árvores secas e quando tentamos alcançar algo é sempre mais longe do que parece. O deserto parece menor, mas “daqui ali” dá um 1km. Não dá pra acreditar!

De volta ao camping almoçamos e mais uma vez pegamos a estrada. Não consigo mais dormir neste caminhão. Tudo dói. Fico inquieta.

Às 06:30 PM chegamos ao camping. Tomo banho antes do jantar para correr pro sleeping cedo. Jantamos e cama. Finalmente voltamos a dormir no nosso horário de costume (rs...) 09:30 PM lanternas apagadas.

12/10 - 22h00 – Fish River Canyon / Namíbia


Pra variar acordamos cedo, horas de estrada para chegar no Fish River Canyon, o segundo maior do mundo! Lindo! Deslumbrante!

Chegamos no camping no fim do dia. O camping dos sonhos! Quando se acampa que se descobre as delícias e os lamentos das situações. Depois de muitos campings de terra e areia vamos acampar na grama! Isso é a coisa mais gostosa que existe (nesta situação, claro). Tomar banho e não sujar o pé no caminho pra barraca é um presente. Alem disso o lugar é realmente lindo. O camping fica na frente de um lago, a vista daqui de cima é maravilhosa.

Aqui o frio apertou. Ninguém estava preparado pra encarar isso. Que bom que o bar do camping é gostoso e tem uma mesa de sinuca nos esperando... Nunca tinha visto graça neste jogo, mas quando se conhece bons amigos com quem dar ótimas risadas em volta de uma mesa de sinuca o jogo começa a ficar interessante.

13/10 - 21h30 – Fish River Canyon / Namíbia


Dia livre! Há a possibilidade de se fazer caiaque! Nosso episódio da Nova Zelândia ainda está fresco na cabeça, somando a água gelada e a nossa necessidade de parar um pouco, não vamos por nada deste mundo.

No sol está quente, na sombra faz frio.... lavamos roupas, limpamos a barraca, sentamos no gramado. O sol esquenta nossas costas.

Mufaro precisa de ajuda para limpar o caminhão antes que o próximo grupo comece a viagem. Ajudamos ele a lavar tudo. De volta à grama é hora do almoço. Comemos lá mesmo um arroz frito em cumbuca de plástico.

Depois do almoço um passeio no lago e já estamos prontos para o joguinho de sinuca. Lá ficamos até a hora do jantar, só curtindo o dia cheio de momentos livres. Jantar, sinuca de novo e cama...

Faz frio, ontem congelei.... hoje vou dormir de roupa. Não tenho outra opção.


14/10 - 22h45 – Springbok / África do Sul


Outro dia de estrada. Cruzamos a fronteira e chegamos na África do Sul. É impressionante a mudança de cenário. Da terra passa ao verde, os tons de verde mais diferentes que existem estão juntos na mesma paisagem. Aqui não parece África. A influência dos holandeses e ingleses é clara.

Paramos na cidade para supermercado, atm, internet. Ao chegar no camping há upgrade para “dorm”. Não pensamos duas vezes, o frio está de matar.

Hoje nós somos o “cooking team”. Depois do jantar, um papinho em volta da mesa de sinuca pra não perder o hábito e cama.

15/10 - 00h30 – Stellenbosh / África do Sul


Wine tour... um dia de sol, um tour divertido, mas pra ser sincera na segunda vinícola eu já estava pronta pra beber só daqui a dois dias....

À noite saímos todos para jantar. Aquelas mesas enormes, tipo mesa de família em dia de domingo. Vamos ter saudades das pessoas que conhecemos, dos dias que passamos neste “Big Brother”.

16/10 - 00h30 – Cape Town / África do Sul


Depois de 1 hora e pouco de estrada chegamos em Cape Town. Hora de se despedir de todos... há um certo prazer em voltarmos para nossa vidinha, nossos horários. A viagem valeu por cada minuto, a despedida é sempre ruim.

Passamos o dia com alguns queridos amigos. A guest house que estávamos era uma casa linda, com sala e cozinha. E assim recebemos nossos queridos amigos na “nossa casa” para um almoço de queijos e vinhos. Logo depois passeamos pelo Sea Point de Cape Town. Uma cidade linda! Estamos completamente impressionados...

À noite fomos jantar no Waterfront, onde há vários restaurantes e lojas... agora sim, depois de mais um dia delicioso, era hora de nos despedir.



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