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Bem-vindos ao Reino do Butão

Enviado por roberta goldfarb em 09/05/2010 às 01:20 PM


Era uma vez um reino muito distante chamado Butão. A lenda conta que no século VIII o Guru Rimpoche voou ao Butão nas costas de um tigre por acreditar que mal espíritos rondavam o alto de uma montanha. Após 3 meses de meditação, conseguiu vencê-los e depois de alguns anos, no mesmo local, foi construído o Templo Tiger Nest, hoje muito importante para o reino.

Três séculos depois, em 1907, foi eleito o primeiro rei do Butão, seguido por seu filho, o atual rei Jigmi Singye Wangchuck.

O rei sonhava em abrir suas portas para o mundo pois queria dividir as muitas riquezas das quais se orgulhava. Não eram jóias ou um grande palácio, mas um povo budista, que desde 1972 baseia sua política de governo no princípio da “Felicidade Interna Bruta” (FIB). Criado pelo rei, o FIB rege a vida do povo butanês, que não deve priorizar apenas o crescimento econômico, mas integrá-lo ao desenvolvimento psicológico.

Lá acredita-se que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos, se complementando e reforçando mutuamente. A felicidade do povo é medida por meio de uma pesquisa anual feita no reino com todos os seus súditos.

Um belo dia ordenou que as portas se abrissem e anunciou: que entrem os turistas!

O rei então pode mostrar ao mundo um pequeno reino entre dois gigantes (China e Índia) com enormes Dzongs (antigamente eram Fortes, atualmente estão divididos entre Monastérios e escritórios administrativos do governo), montanhas, plantações de arroz e uma cultura budista muito forte.

Um reino onde deve-se usar uma roupa típica: os homens usam uma espécie de “robe” colorido, às vezes listrado às vezes xadrez, com meias até o joelho e sapato de couro pico fino. As mulheres usam saia longa e justa, colorida, também listrada, xadrez ou então com estampas lindas feitas pelas tecelãs locais e na parte de cima um casaco que se parece com um quimono.

70% do reino é coberto por floresta onde pode-se encontrar um animal curioso conhecido como takin - símbolo nacional, é uma mistura interessante de um corpo de vaca com cabeça de bode.

Fazendeiros trabalham nas terras plantando arroz. Mulheres tecem lindos bordados típicos que um dia viram roupas, toalhas, xales, cintos. Uns jovens aprendem a esculpir deuses em argila, máscaras em madeira e a pintar imagens religiosa, outros se divertem em um curioso karaoke, onde se dança e canta. Crianças brincam com grandes "prayer wheels". Pequenos monjes se divertem jogando futebol.

Nos monastérios monges e monjas, adultos e crianças, concentrados passam os dias rezando e fazendo oferendas aos seus deuses, assim como peregrinos que visitam estes locais sagrados.

Em meio aos campos, nas horas vagas homens praticam o esporte nacional: arco e flecha.

No reino é proibida a venda de cigarro e a prática de jogo que envolve dinheiro.

As ruas são calmas e silenciosas, nos arredores do reino há apenas um semáforo, ou melhor, um guarda que controla o trânsito com os movimentos das mãos e um apito.

A diferença entre o rico e o pobre é muito pequena, mesmo os mais desafortunados tem um teto onde morar.

As fachadas de muitas casas do reino são decoradas com desenhos (curiosos para nós brasileiros) que significam proteção e fertilidade.

As casas dos fazendeiros são bem típicas e simples. Enquanto os quartos de dormir, sala e cozinha são bem simples, há um quarto especialmente reservado para um lindo e "rico" templo, com oferendas, buddhas e muita beleza.

O rei atual é jovem, carismático e muito popular. Os habitantes do reino tem muito orgulho dele, acreditam que ele está fazendo um bom trabalho.

Seu palácio é relativamente simples quando comparado ao de seus pares europeus. Escondido no meio de muitas árvores, só se pode avistar sua cúpula coberta de ouro. Dizem que ele pode ser visto, sem seguranças, em suas corridas matinais.

Ele não é casado, mas há rumores de que a pretendente do sapatinho de cristal já existe e, quem sabe em breve, haverá uma grande festa no reino.

E eles viverão felizes para sempre.



Paro


Thimpu


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