Istambul a cada esquina
Deveríamos sempre chegar a novos lugares com expectativas bem baixas para, por exemplo, amar Istambul como foi meu caso. Vinda de Delhis, Yogyakartas, Katmandus da vida, eu não esperava muito de Istambul... mas esqueci que estava chegando na Europa. A cidade é um verdadeiro charme, apesar de tantos turistas atrapalhando um pouco a paisagem, mas como sou um deles....
Se conhece Istambul em 4 dias, foi o que escutamos. Mas é impagável poder ficar mais tempo em um lugar como esse, para aproveitar além do sair e conhecer tudo o que manda a cartilha do turista. E essa foi a nossa sorte. Conhecer Istambul de lá pra cá, ?ticando? toda, ou quase toda, lista dos ?must see?, mas também curtindo meus pais, passeando em bairros charmosos além da ponte que separa a Istambul nova, da antiga.
Ruas estreitas de paralelepípedo, hoteizinhos charmosos, restaurantes, lojinhas. Cada esquina em Istambul é uma descoberta. Mercados de tudo (roupas, tranqueiras, couro, tapete), o ?spyce bazar?, um bazar de especiarias, lindo, com um cheiro delicioso e temperos de todas as cores do arco íris à venda. Kebabs muito bem apresentados e chás de maça levados em lindas bandejas e xícaras estão em todas as esquinas. Assim como sorveteiros vestidos a caráter servindo o que parece mais seu brinquedo do que um sorvete, que se chama Maras (o s no final tem cedilha, se pronuncia Marash). A venda do sorvete é um show à parte onde o sorveteiro põe e tira o sorvete de casquinha, vira, joga, dá para o cliente, pega de volta... e o sorvete, claro, não aguentaria tudo isso se não tivesse a verdadeira consistência de um chiclete! Dá para saber onde estão os sorveteiros só de escutar suas vozes chamando por clientes, mas mais ainda pela batida ritmada da espátula nos potes de alumínio de sorvete.
Mesquitas deslumbrantes por dentro e por fora com mosaicos dourados em suas paredes e lustres maravilhosos, sem falar das cisternas (por volta de 100 reservatórios de água no total, que alimentavam Istambul no período bizantino, século VI). Era comum durante as guerras, os soldados inimigos envenenarem as fontes de água potável, por este motivo foram construídas grandes cisternas dentro de Istambul que alimentavam todas as cidades vizinhas até 19km de distância. A Cisterna Yerebatan, ou Basilic Sistern, é a maior e mais conhecida. Algumas vezes por dia, se houve por toda a cidade as rezas que vem de alto-falantes instalados nas altas torres das muitas mesquitas que existem por lá. Em alguns momentos, junto ao calor, o barulho é atordoante. Em outros, no silêncio da noite, ao se juntar ao lindo Bosphorus com sua ponte iluminada que muda de cor, é de arrepiar de lindo
Istambul é aquela cidade deliciosa de caminhar e se perder nas ruazinhas. Tem uma vida cativante, não é à toa que me inspirou a tirar tantas fotografias.
Mas o momento especial... com certeza... foi depois de 5 meses receber a visita dos meus pais. Com eles estivemos 5 dias passeando e curtido a cidade com calma, colocando o papo em dia, ganhando colo de mãe e de pai. Istambul teve um gosto especial por causa disso, mas independente, é sim muito especial!
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